domingo, 30 de março de 2008

Seria diferente?


Quem nunca sentiu vontade de dizer algo, fazer algo e não fez? Principalmente, tentando respeitar alguém que mal sabe da sua existência. Quem nunca pensou no próximo, antes de pensar em si? Quem nunca cuidou do sentimento alheio, esquecendo dos seus sentimentos?

Não tenho vocação nenhuma para santa, mas vivo cometendo esses “erros”, que mais parecem “acertos”. Tenho atitudes que, normalmente, eu não teria. Reações que mais parecem ser provenientes de um outro ser. Cometo falhas, tenho deslizes de caráter, já traí muitas vezes minhas teorias e princípios, mas... tentando reparar meus erros. Tentando, me respeitar.

Se eu tenho um objetivo, se eu quero conquistar (ou, “re”conquistar, como queira) alguém, porque não vou atrás? Com todas as minhas armas, com toda minha força, meu poder, meu amor? Simples: Porque existe uma terceira pessoa na minha história. Existe um ser doce, delicado que não “merece” isso. E eu mereço? Também sou doce e delicada. Também amo e desejo! Quero tanto quanto a outra vértice do triângulo.

Um clássico. Mas, mesmo amando da mesma maneira, você seria a vilã. Talvez, aí esteja a resposta. Com certeza, a sociedade te recriminaria por toda a eternidade. Se até a tua melhor amiga te recriminaria, a sociedade então, te lixaria. Mas pra que ouvir a sociedade? Pra ser infeliz? Desrespeitar teu coração? Porque a opinião alheia vale mais do que tua sensibilidade? Não sei.

Porque eu deixo que ela, esteja a cima de mim, só porque ela é a mocinha? Mas... e porque ela é a mocinha? Porque ela gosta? Mas eu também gosto! Também choro, sofro, quero e muito. E se naquele dia eu tivesse agido diferente? Falado o que eu senti vontade...o final... seria diferente? Se eu fosse, mais eu? Daria certo? Quando vou poder me assumir... dizer ao mundo que amo... ter a chance de ser feliz?

Meu amor, a sociedade é hipócrita demais. Os julgamentos inúteis que os pecaminosos, assim como eu, fazem, são desnecessários. Porque o que vale é o que nós sentimos. O que eu sinto. Se um dia, eu, você, pudéssemos aprender a nos valorizar... aí sim, seria diferente. Nós não somos inferiores ou piores do que ninguém. Porque cada um tem um vilão, uma mocinha e um herói dentro de si.

A partir do dia que meu coração estiver em primeiro lugar, será diferente.

Dedico esse texto à minha querida amiga, Pâmella Sant’Ana.

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